
TUDO o que você precisa saber sobre Topografia Operativa
O estudo da paisagem é arte e técnica. Faz parte da atuação do arquiteto e visa controlar todos os espaços habitados pelos seres humanos, seja na área urbana ou rural. Não é apenas uma simples extensão da arquitetura, como a jardinagem. Ela envolve a análise de todos os elementos constituintes da paisagem, sejam eles naturais ou não, e o seu diálogo com o homem.

Às vezes, o planejamento da paisagem arquitetônica irá envolver o estudo de escalas ou proporções bem maiores, chegando até a se confundir com o desenho urbano. Um bom exemplo são os projetos em Topografia Operativa. Esse é um conceito considerado atual, que trata da reflexão sobre a ocupação de territórios, da geografia construída e a promoção de métodos para a reprodução de superfícies naturais através da manipulação de paisagens virtuais.

+ O estudo da topografia
Em arquitetura, a topografia simboliza o estudo dos acidentes geográficos, ou seja, do relevo terrestre e todas as suas características, naturais ou artificiais. Seu entendimento, por parte do profissional, é bem necessário para a elaboração da situação, localização, implantação e todas as demais representações das superfícies da proposta.

O termo ‘topografia’ só se aplica às áreas relativamente pequenas da superfície terrestre, relacionadas ao trabalho do arquiteto. Elas são representadas particularmente, desprezando a curvatura da Terra, que é maior que o limite visual do olho humano. Ignora-se também qualquer outro prejuízo causado pela ação da gravidade planetária e a movimentação lunar. Para registro de suas coordenadas, são usadas apenas suas distâncias, elevações e direções.


+ Manipulação da paisagem urbana
Topografia Operativa trata das reformulações dos espaços para composição e construção de obras arquitetônicas, de acordo com uma utilização mais otimizada e adaptada ao ambiente. Isso quer dizer que superfícies naturais do solo, como aclives e declives, são mantidas ou manipuladas para haver uma continuidade mais harmoniosa entre a linha do terreno e as construções. É como uma paisagem criada dentro de outra paisagem.


O arquiteto analisa o lugar, prevendo todos os possíveis efeitos da nova estrutura nesse contexto que será inserida. No terreno, moldado majestosamente pelo profissional, a paisagem deixa de ser um pano de fundo para assumir um papel importante, integrada aos ambientes. Essa topografia artificial, em belíssimas coberturas verdes, cria uma série de espaços externos de livre circulação dos usuários. Na parte subterrânea, o complexo de edifícios é presente de maneira mais discreta.
É como se o arquiteto brincasse de deus. Ele imagina o mundo à sua maneira e o manipula, através da tecnologia que lhe é disponível. Não satisfeito com a paisagem, ele escava superfícies, eleva planos e intercala elementos, manifestando plasticamente seus desejos e impressões. O resultado é extraordinário! Um mundo menos cinza, com coberturas vegetais mais produtivas, úteis, acessíveis e dinâmicas.
