Popular nos Estados Unidos, na Nova Zelândia e na China, a estrutura metálica chegou ao Brasil na década de 1990, de maneira tímida. Demorou mais de uma década para que projetos arquitetônicos com a estrutura finalmente ganhassem fôlego, mesmo o país sendo um grande produtor global de aço.

Conhecida como steel frame, a tecnologia foi essencial para a reconstrução de cidades japonesas após a Segunda Guerra Mundial. Nos Estados Unidos, o sistema se tornou mais popular a partir da década passada, tendo sido exportado para o Brasil.

Vantagens e peculiaridades

Em construções de estrutura metálica, perfis de aço galvanizado leve substituem o concreto. No lugar do fechamento em tijolo ou bloco, aplicam-se placas cimentícias, de madeira, chapas de OSB ou drywall, materiais que proporcionam muita praticidade por estarem  prontos para serem pintados ou revestidos.

As vantagens do sistema são diversas. A geração de resíduos é reduzida, sendo que a perda de materiais não ultrapassa 3%. Com isso, diminui-se o impacto ambiental da obra. Outro fator benéfico para esse quesito é o consumo de água menor do que as construções tradicionais, uma vez que a construção é a seco.

Como as obras funcionam de maneira semelhante a uma linha de montagem, o tempo de construção é bem mais rápido, sendo inferior a 100 dias. Isso acontece porque a produtividade dos operários é muito maior do que nos projetos convencionais, além da fácil montagem e manuseio dos materiais.

A praticidade durante a construção ocorre também por outro fator: a passagem e manutenção de instalações elétricas, hidrossanitárias, gás, ar-condicionado e CFTV é bastante fácil, bem como a fundação, que é mais leve e econômica. Porém, rapidez, economia e leveza não são sinônimos de casas mais frágeis. Muito pelo contrário, pois o sistema é resistente e seguro, com vida útil de aproximadamente 300 anos.

Entretanto, arquitetos que projetam obras com essa tecnologia não têm tanta flexibilidade quanto às medidas, já que os materiais do steel frame contêm medidas específicas, justamente por serem industrializados. Por isso, é preciso considerar a modulação das estruturas para ter melhor aproveitamento e evitar cortes, emendas e, consequentemente, economizar tempo e dinheiro.

Fontes: aU, Atos Arquitetura, Casa.com.br e IAB.