Quando se pensa em construção, é primordial um estudo de técnicas inovadoras, equipamentos eficientes e materiais modernos para garantir otimização em todos os recursos, ainda mais quando se trata de eficiência energética. Nesse contexto, é importante pensar em maneiras que tragam benefícios desde o início da obra, com boas estratégias já na fase inicial do projeto.

É pensando nisso que muitos arquitetos podem influenciar no desempenho da edificação, com escolhas que realmente fazem a diferença e que impactam diretamente na construção em si. O BIM é uma delas.

Como o BIM influencia em projetos de edificação?

Imagine poder usar simulações para analisar e saber de modo prévio como uma edificação será na vida real, com todas as características pertinentes – e detalhistas – de como prever qual será o gasto de ar condicionado da edificação ou sua conta de luz no decorrer do ano? Muito interessante, não é? Esses conceitos ajudam e evitam que sejam feitos somente após o término do projeto.

Porém, o fato que ainda pesa para que muitos especialistas comecem a simular de modo preliminar é a falta de integração no fluxo do projeto. Ou seja, chega uma hora em que é preciso modificar e atualizar todos os níveis, caso a caso, para que funcionem de forma equilibrada, modelando em softwares específicos e inserindo diversas informações em cada um deles.

É claro que, com o tempo, isso se torna maçante e burocrático. É por isso que as simulações energéticas acabam sendo realizadas somente ao final do processo para dimensionamento dos sistemas de climatização e para eventuais certificações e etiquetagens. É nesse momento que o projeto já está praticamente definido e as alterações de conceito serão mínimas, conforme o gráfico abaixo:

Existe, então, uma forma de aperfeiçoar esse trabalho? Com certeza. Conforme já explicamos em outros posts (aqui, aqui, aqui e aqui), o BIM ajuda em diversos projetos, sobretudo em edificação. Com esse sistema, você pode fazer a modelagem em ambiente naturalmente tridimensional, já que possui diversas informações relacionadas a esse modelo. Assim, é possível ter a modelagem de uma edificação com as características térmicas já inseridas nas superfícies como paredes, lajes e aberturas.

As ferramentas BIM são essenciais para oferecer ao projetista a possibilidade de explorar alternativas de projeto, evitando o processo exaustivo de reentrada de geometria tridimensional e outros dados necessários para a execução das simulações energéticas, dessa forma dinamizando e otimizando todo o processo.

Com softwares como Revit da Autodesk, o AECOSim da Bentley e o Archicad, cada vez mais atualizados com novos recursos (como o EnergyPlus), você pode usar motores de simulação integrados para avaliação e simulação dos projetos desenvolvidos em suas plataformas. Só vale lembrar que, para o uso, é necessário que o profissional tenha bons conhecimentos nas áreas de transferência de calor e eficiência energética, para que assim consiga inserir informações corretas que garantam um resultado acertado nas simulações.

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O BIM na Prática ajuda engenheiros, arquitetos, empreendedores da indústria AEC e estudantes a identificarem maneiras práticas de aplicar BIM no dia-a-dia de seus projetos.