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Refettorio Gastromotiva: o restaurante carioca para a população carente

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Refettorio Gastromotiva, localizado na Rua da Lapa, 108, no Rio de Janeiro

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 deixaram alguns legados importantes para a capital fluminense, como o VLT e o projeto Rio Esporte Arte. No entanto, uma herança das Olimpíadas juntou gastronomia, sustentabilidade e inclusão social na mesma panela: o Refettorio Gastromotiva.

Idealizada pelo estrelado chef italiano Massimo Bottura e viabilizada com o apoio da ONG Gastromotiva e da jornalista Alexandra Forbes, a iniciativa tem o objetivo de combater o desperdício por meio da transformação de alimentos considerados não adequados pelos supermercados (legumes com formatos estranhos ou frutas ligeiramente maduras) em refeições saborosas e nutritivas.

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O restaurante utiliza alimentos que seriam descartados por supermercados, mesmo estando em boa condição

Além disso, o espaço funciona como um restaurante-escola para chefs convidados e jovens talentos da ONG, que aprimoram o conhecimento ao cozinhar com ingredientes excedentes. Logo, o Refettorio Gastromotiva funciona como um polo da gastronomia social, oferecendo também palestras e workshops para estimular a alimentação saudável.

Na primeira fase de implantação, o projeto contou com a participação de mais de 80 chefs e souschefs do Brasil e do mundo. Segundo a equipe, os jantares para a população vulnerável são gratuitos, mas está nos planos incluir um sistema tipo “pague o almoço e deixe o jantar”, para que o público em geral possa almoçar no local e provar os sabores do projeto.

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Os jantares para a população vulnerável são gratuitos

Arquitetura inclusiva

restaurante foi instalado em uma área da cidade que beneficia pessoas em situação de rua, na Rua da Lapa, 108, na beira de uma pequena praça. Com arquitetura assinada pelo escritório paulistano Metro Arquitetos, o edifício estabelece relação de proximidade com a comunidade local.

O exterior é revestido em painéis de policarbonato translúcido, e a estrutura tem portas amplas e convidativas, que se abrem para a praça adjacente. No interior, a estética industrial marcante contou com a colaboração dos designers Fernando e Humberto Campana, o artista plástico Vik Muniz e o iluminador Maneco Quinderé.

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A arquitetura do restaurante é assinada pelo escritório paulistano Metro Arquitetos

 

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Com mobiliário dos irmãos Campana, o interior também teve a colaboração do artista plástico Vik Muniz e do iluminador Maneco Quinderé

Para quem procura uma experiência gastronômica diferente quando for ao Rio de Janeiro, tá aí uma boa dica, né? Já foi lá? Conte para a gente nos comentários ou com a hashtag #blogdaarquitetura.

Fotos: Ilana Bessler. Fontes: Designboom e Refettorio Gastromotiva.