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O prédio da faculdade de arquitetura tem que ser bonito? Conheça 6 projetos atípicos e tire suas conclusões

Os edifícios das universidades podem ser os primeiros objetos de análise dos estudantes de arquitetura. Todos os espaços de convivência do campus tem importância em seu aprendizado, servindo de exemplo constantemente. Para que os alunos possam compreender melhor todas as inovações em sua futura área de trabalho, é preciso que as instituições invistam em espaços melhores e mais adequados ao ensino. Mas, infelizmente, na maioria das vezes, as empresas preferem criar prédios genéricos, de estruturas econômicas e pobres de valores estéticos.

A melhor lição que se pode dar à um estudante de arquitetura é se o prédio onde ele estuda, por si só, já for uma obra de grande valor arquitetônico! 

(imagem extraída de Como Ver)

Ao se projetar um campus universitário é importante compreender o reflexo da experiência espacial nos estudantes, na promoção de sua criatividade e inspirações. Essa é uma excelente oportunidade para que a escola apresente aos seus alunos uma nova forma de pensar: avaliando as cidades, as construções e todos os seus ambientes, fazendo-os interagir, debater e socializar com uma arquitetura de qualidade, na prática.

+ Universidade de Cornell

(imagens extraídas de Arquiteturas Contemporâneas)
(imagens extraídas de Arquiteturas Contemporâneas e Como Projeta)

A College of Architecture, Art and Planning da Cornell University está localizada em Ithaca, Nova York. O escritório OMA, liderado por Rem Koolhaas, foi responsável pelo projeto de expansão e intervenção de seu programa de edifícios – exemplares do século XIX. Um novo volume, anexo, foi adicionado em meio aos prédios já existentes. Trata-se de uma estrutura muito diferenciada, feita em aço reciclado, vidro e cimento. O contraste entre essas arquiteturas é bem marcante.

O balanço, muito eficiente, criado pelas treliças metálicas, eleva a caixa, permitindo a livre circulação de pessoas e veículos sob ela. Dentro da nova construção, há ambientes amplos e confortáveis. O layout é inteligente e permite o uso interdisciplinar dos espaços. Todas as áreas são abundantemente iluminadas pela luz natural. E o sistema de resfriamento interno é realizado com a utilização da água de um rio próximo ao local.

+ Escola de Arquitetura de Strasbourg

(imagens extraídas de Archdaily)

Localizado em Strasbourg, na França, o edifício da escola de arquitetura de Ecole Nationale Supérieure d’Architecture foi idealizado por Marc Mimram. Essa construção possui um visual que reflete bem as mudanças da paisagem natural da cidade ao longo dos séculos.  A ideia do projetista era incentivar os estudantes a se envolveram com o contexto do edifício.

O térreo da escola é transparente, com altura acompanhando a linha do entorno. Acima desse nível, o volume do edifício apresenta uma aparência como de “pilha de caixas”, com blocos de dois em dois pavimentos, que explora as diferentes visões do skyline urbano e respeitando as proporções impostas pela legislação vigente. A membrana de alumínio semitransparente enrugado envolve a fachada envidraçada, revelando seu esqueleto estrutural no decorrer do dia.

+ Faculdade de Arquitetura da Unisociesc

(imagem extraída de Revista Teto)
(imagens extraídas de Revista Teto)

Em Joinville, no Brasil, encontra-se a Unisociesc – Universidade Sociedade Educacional de Santa Catarina. Recentemente, o escritório de arquitetura Metroquadrado elaborou um projeto para sua Faculdade de Arquitetura. A referência visual e histórica dos profissionais foram os trabalhos do modernismo brasileiro. Isso pode ser percebido muito bem através do uso de estruturas e instalações aparentes e materiais em estado bruto, como o concreto.

O térreo do edifício foi suspenso sobre colunas, o que o favorece o convívio e a livre circulação de pessoas, além da boa integração da construção com a paisagem do campus. Dentro do prédio, a decoração segue uma identidade visual muito colorida, com elementos industriais e móveis modulares flexíveis. Isso permite as mais diversas combinações de layout, tanto para momentos de descanso quanto de estudo.

Departamento de Arquitetura e Artes Visuais de Évora

(imagens extraídas de Hicarquitectura e Archdaily)
(imagens extraídas de Archdaily)

Onde, hoje, encontra-se o Departamento de Arquitetura e Artes Visuais de Évora, nos anos de 1910, pertencia a Sociedade Alentejana de Moagem e, na década de setenta, a uma fábrica de massas. Agora, o espaço, parcialmente ocupado e sem máquinas, apresenta um layout adaptado ao novo programa escolar.

Essa transformação de usos, funções e valores só foi possível, primeiramente, após a retirada das divisórias, dos adornos e outros elementos não pertencentes à estrutura edificada original. Em harmonia com a estética austera do conjunto fabril, infraestruturas e mobiliários adicionados oferecem o conforto básico necessário ao ensino.

 + Escola de Arquitetura Abedian

(imagem extraída de Archdaily)
(imagens extraídas de Arch Tendências e Archdaily)

Projetada por CRAB Studio, a Escola de Arquitetura e Design Sustentável Abedian está localizada dentro de um campus universitário projetado por Arata Isozaki, na década de oitenta, em Queensland, na Austrália. O edifício, de design arrojado e ultramoderno, apresenta de dois a três níveis totalmente articulados, formando espaços de funções diferentes.

Seu sistema de cobertura ajuda no controle climático dos ambientes. Ele permite a entrada de ventilação natural, reduzindo, assim, a necessidade do uso de aparelhos de refrigeração. A estrutura do edifício, em concreto, também ajuda nisso, pois é capaz de absorver o calor do dia dentro de si. O layout da escola é bem intrigante. As cores vivas das peças mobiliárias dão uma mensagem animada e inspiradora aos estudantes e professores que ali circulam.

+ Escola de Arquitetura do Royal Institute of Technology

(imagens extraídas de Archdaily)

Localizada em Estocolmo, na Suécia, a unidade da Escola de Arquitetura do Royal Institute of Technology foi projetada por Tham & Videgård Arkitekter. Inserida dentro de um espaço vazio no pátio do campus universitário e ao lado dos edifícios projetados por Erik Lallerstedt, no início do século XX, apresenta uma lógica que incentiva à circulação dos transeuntes.

O edifício tem seis pavimentos, além do jardim submerso e do terraço na cobertura. Sua volumetria é arredondada. Isso proporciona um fluxo livre entre espaços, internos e externos, harmonicamente integrados com o restante da universidade. A fachada tem amplas superfícies de vidro e um revestimento em aço corten vermelho escuro, que se relacionada bem com as antigas construções vizinhas, em tijolos no mesmo tom de cor.

Fontes: Archdaily, Decor Fácil, Limaonaagua.


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