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Moradores de rua recebem câmeras para registrar olhar sobre São Paulo

São Paulo é uma das cidades brasileiras que mais recebe turistas e fotógrafos de plantão são vistos diariamente. Todos querem um registro do MASP, da Avenida Paulista, do Museu do Ipiranga ou da Pinacoteca do Estado, por exemplo.

O olhar do visitante é completamente diferente de quem já mora na cidade. Tudo é novo, detalhes das pessoas e locais podem passar despercebidos. Já quem conhece bem a metrópole pode captar, além de imagens, sentimentos.

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E, segundo o projeto “Minha São Paulo – o olhar da cidade pela população em situação de rua”, realizado pela Secretaria de Direitos Humanos, não há ninguém melhor que quem vive em situação de rua para registrar pontos da cidade.

Para incentivar essa ação, foram distribuídas 50 câmeras fotográficas a dezenas de pessoas nestas condições no último dia 3 de novembro. Cada participante terá dois dias para capturar imagens do dia a dia da “selva de pedra”.

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O Reino Unido é pioneiro nessa iniciativa, e inspirou a prefeitura da capital paulista. O principal objetivo da ideia é dar valor à arte produzida pelas pessoas que vivem nas ruas, incentivando também sua continuidade, já que, antes de entregar os equipamentos descartáveis, foi realizada uma oficina de fotografia para instruir quem não tinha nenhuma familiaridade.

O projeto faz parte do 3º Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas ruas, que acontecerá em dezembro. 13 fotos serão selecionadas para estampar um calendário que será apresentado no dia do evento.

Além de premiar os autores das fotografias escolhidas,  empresas parceiras venderão o calendário e o dinheiro arrecadado será destinado a projetos de arte e cultura para a população.

Foto: Divulgação