
Miró no Tomie Ohtake
Está em cartaz até dia 16 de Agosto no Tomie Ohtake, a exposição “Joan Miró, a Força da Matéria”. O Blog da Arquitetura teve o privilégio de fazer a cobertura da pré-exposição dessa que é a maior exposição dedicada ao artista.
Contando um pouquinho do Miró: nasceu em Barcelona, a cidade da Espanha que respira arte, em 1893, na região denominada Catalunha. Ainda bem jovem, era parte integrante dos movimentos de vanguardas artísticas famosas da vida cultural espanhola no inicio do século XX.
Miró sempre teve uma pincelada de colorido intenso, fortemente influenciada principalmente por nomes franceses como Maurice de Vlaminck e principalmente Henry Matisse. Por causa de uma grave doença resolveu dedicar-se inteiramente à pintura, o que foi determinante para sua carreira como grande pintor catalão.

Sua linguagem plástica é derivada das paisagens, o trabalho nas regiões campestres que o cercavam e a força da vida. Não podemos deixar de registrar a forte influência dos movimentos de vanguarda franceses em sua vida, e devido sua primeira viagem para Paris em 1920, sua vida e obra definitivamente mudaram. Ele não pintou duranto o tempo que ficou na cidade, porém teve oportunidade de se relacionar com os pilares da pintura cubista como Picasso, e também com o influenciador do movimento dadaísta, André Masson, além de inúmeros outros intelectuais da época que viviam na França.
Desde esse momento, Miró simpatizou pela pintura surrealista, porém segue sua linha pessoal e independente, sem ter se vinculado a nenhuma linha de criação específica. Prezava a sua liberdade de pintar, realizar e viver mais que qualquer outra coisa.
Na exposição “A força da matéria”, observamos essa liberdade que Miró tanto pregava. Temos diferentes cronologias, e cada uma com caraterísticas que questionam e reformulam a idéia da matéria.

Nos anos 30 e 40, foca-se nos temas da Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial, e a experimentação de Miró foi eliminar o cavalete em suas pinturas, misturando técnicas como pintura em colagem.
Nos anos 50 e 60 observamos a chegada de outras técnicas, e um fortalecimento da vontade de Miró de pela descontrução da matéria, tanto que nessa época foca-se mais em esculturas.
Finalmente nos anos 70 temos técnicas mais elaboradas, ousadas, que tem como objetivo questionar o sentido que a arte possui, e temos uma grande produção de gravuras que desafiam a técnica e os padrões da época.
Pela primeira vez temos a oportunidade de degustar da arte desse grande gênio das artes, que há tempos impressiona os apreciadores do Brasil e do mundo.
Minha dica: preste atenção nos nomes dos quadros. Observe a pintura antes e depois de saber qual é o nome, e com certeza será um teste de imaginação bem interessante! ;)
Confira:












