
Millennial Pink: a cor do momento para o design e a arquitetura
Em 2016, a Pantone – empresa mundialmente conhecida por seus sistemas de cores largamente utilizados pela indústria gráfica – divulgou uma nova tendência de matizes de rosas, partindo do cobre, destacando o Rose Quartz. Durante o ano, as publicações de moda abordaram extensivamente todas as suas possibilidades de aplicações, tanto em produtos quanto em ambientes construídos. Não demorou muito para que essa tonalidade chegasse aos grandes eventos e exposições de design e arquitetura, como o Salone del Mobile.


+ Cor de luxo resgatada pelo cinema
Foi com o lançamento do filme ‘The Grand Budapest Hotel’ (O Grande Hotel Budapeste, em português), de 2014, que a preferência por composições em tons dessaturados, com inspiração no passado, como o rosa mais neutro e sutil, tornou-se maior.
Em 2017, dentre tantas cores, o Millennial Pink tem marcado presença em propostas de marcas populares, como Moroso, Muuto e Normann Copenhagen, e também em postagens nas redes sociais, como Tumblr, Pinterest e Instagram, principalmente em imagens de ambientes em estilo escandinavo, minimalista e retrô.
“Acreditamos que os tons de rosa ainda permearão o inconsciente coletivo por um bom tempo, mas vale aqui reforçar que não é, necessariamente, um tom em si, mas a gama de rosas acinzentados que estão e estarão em evidência” – Fernanda Figueiredo, gerente de Cores e Comunicação da AkzoNobel Tintas Decorativas, em entrevista de Casa e Jardim.

+ A que se refere o nome Millennial Pink?
O Millennial Pink é visto como uma variedade de cor moderna. Porém, ela já foi bastante empregada em tempos remotos, revivida diversas vezes ao longo da história da arte. Um exemplo são as obras dos arquitetos Ricardo Bofill e Luis Barragán, que fizeram do rosa uma parte da marca de suas obras. O termo, com o qual foi rebatizada, faz relação à “geração Y” e com a ideia do agênero, ou seja, com aquilo que conversa com todos os gêneros e também com todas as idades.
“Acreditamos não ser plausível rosa representar feminino e azul masculino. Cor não tem sexo e isso é algo tão em desuso que já vendemos muitas peças no tom para compradores que estavam compondo ambientes direcionados aos homens.” – Matheus Ximenes Pinho, sócio fundador e curador da MUMA, em entrevista de Arqbrasil.


“É uma tendência entre jovens a vontade de permanecer nesta fase da vida e não amadurecer, por isso o tom faz sucesso. Ele é nostálgico e está presente nas boas memórias da infância, nos milkshakes e nos pratos da pâtisserie, além de trazer uma sensação romântica, terna e confortável. Mas o que vemos agora é diferente: ele se emancipou de forma audaciosa e tomou conta de vários meios” – Lili Tedde, representante da Über Trendhunter Li Edelkoort, em entrevista de Casa Vogue.

+ Características atribuídas à esta cor
“O rosa traz conforto psíquico. Ele carrega a sensação de infância, que nada mais é do que a ideia de estar seguro e protegido” – semioticista Clotilde Perez, em entrevista de Casa e Jardim.
Nada a ver com “coisa de mulherzinha”. Este rosa milenar é livre de quaisquer associações. Tem sido empregado em objetos e ambientes voltados tanto para mulheres quanto para homens. Está entre o bege e o coral, quase um pêssego. É um matiz neutro, mas ao mesmo tempo divertido, ousado e sofisticado. Só que, assim como invadiu rapidamente o mercado, e apesar de seu status elegante, pode sair de moda num breve momento.


+ Da moda para o lifestyle
O rosa milenar começou a aparecer, primeiramente, no universo cosmético. Depois, em roupas e acessórios. Migrou para os eletroeletrônicos. E agora está presente também nos lares, através de móveis e peças decorativas. Ele é sempre exibido nos interiores de forma maravilhosa, empregado em pinturas e revestimentos, como ponto central dos ambientes ou em pequenos toques, misturado a outras cores, que ajudam a destacá-lo melhor.


+ Como aplicar o Millennial Pink nos interiores?
“Pink é uma cor bastante suave e amigável, tende a funcionar bem com muitas outras cores e acrescenta um certo brilho” – Sanna Wåhlin, designer do escritório sueco Note Design Studio, em entrevista de Dezeen.
Uma das melhores maneiras de empregar este matiz de rosa aos interiores é misturando-o a cores neutras e pálidas. O preto, o cinza e o branco podem destacar ainda mais sua beleza e, ao mesmo tempo, controlar sua intensidade diante do conjunto. O Millennial também combina bem com tons terrosos e amadeirados. Quando utilizado em pequenos detalhes, ele pode marcar presença, por exemplo, em vasos, almofadas, cortinas e mais. Quando em paredes e forros inteiros, acaba, inevitavelmente, sendo o protagonista da decoração.

Você deseja saber mais sobre essa tendência de cor, o Millennial Pink, e sua aplicação no design e na arquitetura? Assista ao vídeo logo abaixo:
Fontes: Archdaily, Dezeen, Revista Casa e Jardim, Casa Vogue.
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