Luanda foi considerada, pela terceira vez consecutiva, a cidade mais cara do mundo segundo estudo da consultoria Mercer, de Nova Iorque.

É quase inacreditável pensar que uma cidade africana lidere tal lista, com tantos índices baixíssimos de qualidade de vida no continente.

A pesquisa de 2015 foi realizada em 207 cidades, em cinco continentes, e contemplou mais de 200 questões sobre habitação, transporte, alimentação, vestuário, lazer, entre outros. A capital da Angola bateu cidades como Zurique e Genebra, consideradas metrópoles de primeiro mundo.

Luanda é a maior e a mais populosa cidade de Angola. Inicialmente foi projetada para uma população de até 500 mil habitantes, mas hoje vive uma situação de habitação exacerbada: 6,5 milhões de habitantes, de acordo com o último Censo (2014). Esse talvez seja o motivo pelo qual a cidade sofra com tantos problemas sociais.

O resultado da pesquisa traz alguns paradoxos como os altos índices de pobreza no país – que vêm diminuindo e, inclusive, recebeu prêmio da ONU pela luta contra a fome – indo contra o custo exorbitante de vida. Um apartamento com dois quartos custa em torno 6800 dólares e com três quartos 15800 dólares. Em Zurique, na Suíça um apê com dois quartos custa em média 39oo dólares.

Por outro lado, a cidade é dona de muita beleza natural e representações históricas. O Museu da Escravatura (foto abaixo) é um dos destaques, assim como a avenida arterial 4 de Fevereiro que percorre todo o litoral.

Praias maravilhosas rodeiam o centro da cidade. Em sua extensão há inúmeros restaurantes, bares e casas noturnas. Assistir ao por do sol de frente para o Atlântico também é algo imperdível.

A riqueza turística pode ajudar a justificar os valores altos para se viver por lá. Além das praias, há também imensa vegetação e fauna preservada, que os turistas podem conferir de perto por meio de Safaris. Esses passeios levam a montanhas e às florestas, onde vivem animais típicos, como girafas e elefantes.

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