
Hortas comunitárias na Europa: um exemplo para o mundo

Alcançamos um nível altíssimo de consumismo e não há preocupação com o que de fato se consome. E esse “boom” provocou o surgimento de vários movimentos que apoiam a sustentabilidade. Um deles, em Genebra, na Suíça, mais precisamente na Avenida Crozet, chamou a atenção por ser super organizado e ter funcionado perfeitamente: foodscaping, ou melhor, hortas comunitárias em todo o bairro.
É exatamente isso: a comunidade inteira planta em seu quintal e compartilha os alimentos fresquinhos e orgânicos com a vizinhança. Depois dessa dá para constatar que a união faz a força, não? A libertação dos agrotóxicos, consumidos em níveis cavalares aqui no Brasil, se une às boas intenções pensadas em grupo, o que só ajuda a melhorar a qualidade de vida. A alta nos preços dos alimentos também influencia o aumento destes empreendimentos.
Essa belíssima iniciativa foi registrada pelo ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand (foto abaixo) e pode servir como estímulo para bairros do mundo inteiro, já que na Europa, o conceito de horta urbana vem do século 19, e é pouco difundido em países como os Estados Unidos, por exemplo, que não têm uma política sustentável engajada.
As plantações do bairro suíço estão entre os quase 50 mil hectares de hortas comunitárias do país. E outros países europeus também adotam essa prática.
Em Berlim, na Alemanha, o número de cultivadores de hortas em comunidades se aproxima a 80 mil. E a Rússia não fica atrás, com 72% de famílias moradoras de áreas urbanas, que compartilham os alimentos plantados com os vizinhos.
Foodscaping é somente um dos nomes que essa iniciativa leva. Há quem chame de paisagismo comestível ou agricultura de jardim. Aqui, é conhecida como horta mesmo, e sempre remete àquela lembrança da casa da vovó, não é mesmo?
Se você curtiu a ideia não deixe de conferir nossa matéria sobre como cultivar uma horta em casa!