Não é apenas de edifícios que vivem as fachadas espelhadas. Muitos arquitetos ao redor do mundo apostam em revestimentos reflexivos para dar um toque inusitado a galerias de arte e até casas. O resultado, como você pode conferir abaixo, vai do ultramoderno ao camaleônico, já que muitos desses projetos se camuflam no ambiente ao redor.

Uma antiga casa de campo, construída na década de 1960, foi transformada em galeria de arte contemporânea pelo estúdio Bona-Lemercier, em parceria com o artista Xavier Veilhan e o cenógrafo Alexis Bertrand. Localizada a 30 km de Paris, a galeria foi revestida de maneira que a arquitetura original fosse mantida e o verde ao redor refletido por todo a fachada espelhada.

Outra galeria com fachadas espelhadas é esta, do ceramista sul-coreano Jung Gil-Young, projetada pelo Yoon Space Design. Trata-se da extensão de uma casa pré-existente, que ainda tem uma vibrante escada vermelha. O revestimento reflete não apenas as árvores e o gramado, mas também as obras expostas ao redor.

Esta residência, na Polônia, parece flutuar pela floresta. Construída pelo escritório de arquitetura Reform, a casa de dois pavimentos tem fachadas espelhadas nas laterais do térreo, fazendo com que se camufle por entre as árvores e dê a ilusão de ser mais excêntrica do que realmente é.

A fachada espelhada da Casa Espelho, em Almere, na Holanda, tem dupla função: impedir que o interior da residência possa ser visto do lado de fora e camuflagem. Portanto, é também uma casa de vidro, já que quem está dentro dela pode apreciar a paisagem bucólica sem precisar sair. O projeto é do arquiteto Johan Selbing e da paisagista Anouk Vogel.

A Cabana Invisível, na Floresta Nacional de Tahoe, na Califórnia, tem fachadas espelhadas que ajudam não apenas a camuflar, como também confundir quanto ao seu tamanho e formato. No entanto, a ideia do estúdio de arquitetura STMPJ, que parece ter saído do filme A Dama de Shangai, de Orson Welles, é apenas conceitual e não tem cômodos.