
Estudantes brasileiros ficam entre os 3 melhores em concurso de arquitetura
A cidade de Porto é uma das mais visitadas em Portugal. Além do rio Douro, das caves do vinho do Porto e de suas famosas pontes, a história e a arquitetura marcam a região localizada no norte do país, onde se misturam passado e presente, em obras com séculos de história e, ao mesmo tempo, com construções bem modernas.
Pensando nas múltiplas características do ponto turístico português, foi promovido pelo site Archicontest um concurso de ideias para estudantes da área da Arquitetura com o objetivo de promover a criação de uma Escola de Artes para a cidade. E quatro brasileiros ficaram na terceira colocação, com uma ideia bem original.

O grupo é formado por Guilherme Cunha (UFRJ), Igor Ferreira (UFRJ), Roger Peicho (UFRJ) e Raphael Matta (Universidade Santa Úrsula-RJ). Eles só ficaram atrás de Ekaterina Maximova, da Rússia, cujo projeto ficou em primeiro lugar, e de Oscar Moreira, do Uruguai, na segunda colocação. O objetivo era projetar uma Escola de Artes que ficará ao lado da Escola de Fotografia, em uma região central da cidade, no Largo Amor de Perdição, revitalizando a área.
Os projetos
O Archicontest é um site que reúne designers, arquitetos, profissionais ou estudantes com o intuito de ser um espaço de debates e troca de ideias sobre arquitetura. Para atender ao objetivo principal de renovar a cidade histórica, a primeira colocada, a competidora russa Ekaterina Maximova, desenvolveu um projeto de fachada transparente que cria uma ideia de continuidade com a Escola de Fotografia. Destacam-se a luminosidade da estrutura e a combinação entre o presente e o passado.

Já o segundo colocado, o uruguaio Oscar Moreira, procurou destacar o verde. A construção permitiria, sem alterações drásticas no Largo, uma circulação dinâmica, inclusive no ambiente interno da Escola de Artes. O objetivo era o de atrair toda a comunidade e não apenas os estudantes. A interação e uma certa continuidade com o design da Escola de Fotografia também aparece no projeto de Moreira.

Made in Brasil
Já os estudantes brasileiros buscaram, da mesma forma, abrir o local à comunidade. Haveria dois níveis abaixo do solo, algumas áreas com pé direito duplo e uma conexão entre as áreas da escola, justamente para permitir esta maior integração dos visitantes, que seriam também participantes das atividades. Toda esta dinâmica é o que chamaram de permeabilidade visual, em todo o edifício.

Os estudantes descrevem com detalhes o projeto, na estrutura e na disposição no Largo:
“As rampas fazem uma alusão à topografia da cidade e fazem o chão do Largo Amor da Perdição mais dinâmico. Especificamente na cobertura do auditório, a textura transita para uma grama fofa. Isso, juntamente de seu ângulo mais agudo, promove uma área mais calma, em contraste com o largo mais ativo. Além disso, os planos inclinados funcionam como uma extensão do chão público, conectando suavemente ao coração da Escola de Artes através de uma grande rampa”.

São ou não boas ideias? Quando uma delas é de estudantes brasileiros, reforçam ainda mais as habilidades dos profissionais e estudantes locais, inclusive em projetos internacionais!
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Referências: Archdaily, Archicontest, Constuir