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Esses dois projetos futuristas tem estruturas inspiradas na natureza… e o resultado é incrível!

Independente da crença que qualquer um possa ter sobre a formação do planeta Terra, não há como se ter dúvidas de que a natureza foi concebida de forma perfeita. E mesmo os mais extraordinários artistas, como Da Vinci, jamais conseguiriam criar algo tão magnífico quanto uma pequeníssima parcela dessa infinita e complexa maravilha. Mas a natureza pode, sim, sempre servir de inspiração para as criações humanas. Na arquitetura, por exemplo, têm-se exemplos de obras que se assemelham a natureza ou que buscam recriar suas condições artificialmente.

Vejamos, a seguir, dois belos exemplos de edificações em que forma e função foram dedicadas ao mundo natural.

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(imagem extraída de Pixabay)

+ Al Noor Island

Em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, o austríaco André Heller, juntamente com a estatal de desenvolvimento Shurooq, elaborou um masterplan para Al Noor Island. Trata-se de um parque com dois hectares e meio de terra. A área só é acessível através de uma passarela de cem metros de comprimento, feita em fibra de vidro e com balaustradas de alumínio.

A ideia de Heller era que essa ilha abrigasse uma variada gama de funcionalidades. Por isso, foi acrescido ao seu planejamento, pela empresa 3deluxe, um conjunto de pavilhões e edifícios temáticos. Um deles é o Butterfly Pavilion, que tem uma estrutura poligonal com duzentos e trinta metros quadrados, em vidro; aberturas zenitais orgânicas e um telhado formado por uma estrutura espacial ondulante.

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(imagem extraída de Inhabitat)

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(imagem extraída de Inhabitat)

+ The Butterfly Aviary

Dentro do Butterfly Pavilion, os projetistas conseguiram criar um ecossistema artificial.  Entre elementos estruturais, instalações artísticas e plantas tropicais, cerca de quinhentas borboletas exóticas, vindas da Malásia, voam livremente, protegidas por essa caixa transparente climatizada. Aqueles que visitarem o aviário terão uma verdadeira experiência multissensorial. Além das espécies vivas, pode-se apreciar a trilha sonora ambiente, o mobiliário confortável e a decoração em padrões gráficos florais repetitivos.

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(imagem de Christian Bauer extraída de Archdaily; e imagem extraída de World Build 365)

Acima da estrutura transparente, com um pé-direito que varia de três e meio a cinco metros e meio, tem-se uma incrível e altamente complexa estrutura, composta com quatro mil flores em alumínio dourado, em peças de diversos tamanhos. A superfície em 3D foi modelada com elementos pré-moldados feitos com um material mineral chamado de krion thermoformed. Há três secções de encaixe, três pilares, nove pontos de apoio e conectores de nós inteligentes.

Esse belíssimo exoesqueleto, de cobertura e fachada floral, tem mais do que uma função estética, servindo também de proteção para o cubo de vidro. A estrutura dourada proporciona o sombreamento interno. E ela também ajuda a canalizar o ar quente, próprio dessa região árida de deserto, para fora. Isso ajuda a regular o clima dentro da edificação, assegurando uma atmosfera apropriada para plantas e borboletas.

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(imagemde Joaquín Busch extraída de Archdaily)
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(imagem extraída de Archdaily)

Beijing’s Rose Museum

A Next Architects projetou o primeiro museu de rosas do mundo. Ele fica em Pequim, na China, e abrigou a convenção da World Federation of Rose Societies de 2016. A propriedade tem duas mil espécies de flores cultivadas em um total de cem hectares de terra. Somente o edifício do museu tem trezentos metros de largura e dezessete de altura. Ele faz referência a antigas práticas culturais do país e a tradição dos pátios murados.

A edificação do Beijing’s Rose Museum segue um formato curvilíneo e possui uma fachada destacada do volume principal, feita em aço inoxidável liso e com desenhos de rosas chinesas subtraídas da superfície. Isso permitiu a criação de um pátio semi-descoberto entre a camada perfurada e o volume sólido do edifício, dando mais privacidade ao interior do museu.

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(imagem extraída de Design Boom)
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(imagens extraídas de Design Boom)

Do lado de dentro, quando a luz natural atravessa os recortes, pode-se ver as sombras das rosas projetadas, transmitindo uma sensação de movimento através do edifício. À noite, do lado de fora, inverte-se o processo e o chão no entorno da edificação é coberto por belos padrões florais, criando um contraste visual impressionante. Esse é um bom exemplo da mistura entre história e tradição. O modelo arquitetônico do Rose Museum também pode ser visto em antigas habitações, templos e palácios, e define exatamente o limite espacial entre o interior e o exterior das edificações.

Fontes: Arch DailyDesign BoomInhabitatArch2oCasa Voguee-architectRevista Decor.