
Esse hospital é a prova de que a arquitetura pode SIM auxiliar no tratamento de doenças
Será que é mesmo possível que a arquitetura possa funcionar como uma espécie de terapia?
Alguns profissionais acreditam que há uma conexão especial entre áreas projetadas e as habilidades motoras, os sentidos, os sentimentos e os comportamentos humanos. Muito distante da medicina tradicional, a arquitetura pode, sim, auxiliar positivamente no tratamento de doenças físicas e psicológicas. Em diversos projetos contemporâneos já se pode perceber a preocupação em adaptar espaços às necessidades que surgem diante das deficiências ou do envelhecimento corporal, prolongando a autonomia dos indivíduos, melhorando sua qualidade de vida e até retardando a progressão de doenças.

+ Terapia do morar bem
Estimular a vida por meio dos ambientes em que se vive!
Existem técnicas de análise ambiental que tratam, justamente, da harmonização do lar, no sentido de transformar as edificações para que seus usuários possam viver melhor. Mudar a arquitetura, a decoração e o paisagismo para elevar a autoestima, por exemplo. Isso é visto principalmente em culturas orientais, como a chinesa e a indiana, que estudam a relação das pessoas com os espaços que ocupam. O Feng Shui, por exemplo, prega o estímulo das energias dentro de uma edificação, através da manipulação dos elementos como forma de atrair para os ambientes as vibrações saudáveis da natureza.

Pequenas atitudes no dia-a-dia podem ajudar a melhorar a qualidade das moradias. Não há dúvidas de que uma casa bem cuidada, limpa e organizada trará mais benefícios à vida dos seus moradores. Isso porque uma edificação não é feita apenas de tijolos, mas também de experiências. E a arquitetura terapêutica deve prover as soluções mais inteligentes para se aproveitar os espaços, de modo a interagir com seus usuários, estimulando as boas sensações, os pensamentos positivos e proporcionando-lhes as melhores experiências.


+ Maggie’s Centres para tratamento de câncer
O renomado escritório Foster+Partners projetou, mais recentemente, uma nova unidade para o Maggie’s – instituição voltada ao tratamento do câncer – na cidade de Manchester, no Reino Unido. O objetivo era criar um edifício que fornecesse aos pacientes uma melhor sensação física e psicológica através da arquitetura. E, certamente, esse projeto foi bem além das propostas convencionais voltadas à saúde que, normalmente, apresentam volumes mais altos e fechados, de linha simples e cores sóbrias.
“Eu tive câncer e sei o quão importante é este tipo de tratamento. Nosso objetivo foi criar um edifício acolhedor, simpático e sem qualquer referência hospitalar. Um espaço cheio de luz, com vegetação, onde as pessoas possam se reunir, conversar ou simplesmente refletir.” – Lord Foster, presidente e fundador do escritório Foster+Partners.


+ Características dessa arquitetura hospitalar
Para garantir um efeito visual mais agradável, os arquitetos apostaram em ambientes, corredores e jardins totalmente atípicos, ou seja, diferentes de tudo é já foi visto em outras edificações hospitalares. A relação interior e exterior é extrema. Os diversos jardins, dentro e fora da edificação, dão a sensação de espaços mais amplos e aconchegantes. Mas é na área da estufa que a prática da jardinagem terapêutica – além do convívio social – é incentivada.

A estrutura do edifício projetado pela Foster+Partners tem uma aparência leve, devido ao efeito vazado. Ela é composta de treliças de madeira e painéis em vidro. Há muita abundância de luz natural, que só é possível graças às claraboias triangulares e às grandes varandas existentes, que protegem os interiores do calor excessivo. O astral é próprio de uma residência comum. Organizado em um único andar estão todos os quartos, os ambulatórios e outros espaços de atendimento, além de salas de ginástica, de televisão, de jogos, bibliotecas, copas e muito mais.


No vídeo a seguir, você pode conferir mais detalhes sobre esse projeto, além das etapas de sua construção:
Fontes: Gazeta do Povo, Foster and Partners, Casa Vogue, Archdaily.
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