A Prefeitura de Curitiba divulgou recentemente uma ótima notícia para os habitantes da capital paranaense: a cidade recebeu três vezes mais áreas verdes do que nas duas últimas décadas. A afirmação é comprovada em números: entre 1993 e 2013, 2,5 milhões de metros quadrados de áreas preservadas foram criados, enquanto nos últimos três anos foi alcançada a impressionante marca de mais de oito milhões de metros quadrados.

Das sete áreas de conservação implementadas recentemente no município, três são parques (Mané Garrincha, Guairacá e Vista Alegre), três são bosques (Bosque dos Mundiais e dois Bosques de Conservação da Biodiversidade Urbana (BCBU), batizados de Mercúrio e Engenheiro Renato Ribeiro Cardoso) e uma é Unidade de Conservação Integral (Reserva do Bugio, a maior de Curitiba e em ambiente urbano do Brasil na categoria Refúgio de Vida Silvestre). Atualmente, outros dois parques estão sendo construídos.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, além de serem espaços de preservação ambiental, as novas áreas verdes proporcionam integração e convívio social, tonando-se ambientes de lazer saudáveis para as famílias. Outra importante função desses parques e bosques é a absorção da água da chuva, ajudando a prevenir enchentes e cheias.

Essa última função tem sido essencial para a capital, já que faz mais de um ano que a cidade não registra casos de famílias desabrigadas em consequência de rios transbordados, ainda que tenham ocorrido períodos de chuva acima da média. Por isso, os novos parques funcionam como pontos de absorção de água da chuva e evitam a retirada de centenas de famílias de áreas de risco.

Espera-se que o sucesso dos projetos ambientais em Curitiba sirvam de exemplo para outras cidades e capitais brasileiras, especialmente para aquelas que, ano após ano, sofrem com problemas causados pelo excesso de chuva, como enchentes e deslizamentos.