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[DICAS] Saiba como inserir obras de arte na decoração

Há algumas décadas, principalmente antes do período entre guerras, a arte era produzida para fins muito além da função decorativa. A maioria das peças era grande, cara, feita por artistas renomados que narravam, por meio de seus trabalhos, eventos importantes, fatos históricos. Com o passar dos anos, tanto as suas dimensões quanto o seu preço diminuiu. Hoje, mais pessoas admiraram e têm condições financeiras de adquirir uma obra de arte. A cada dia surgem mais e mais jovens profissionais talentosos, capazes de produzir peças de boa qualidade, que em muito contribuem para a expressão cultural de um país.

Atualmente, muitas pessoas já compreendem que obras de arte e decoração de interiores é uma combinação perfeita. Por sua riqueza visual, as peças artísticas tendem a destacar melhor os revestimentos e a valorizar os mobiliários, além de tudo o mais que houver ao seu redor. Mas, antes de um profissional compor adequadamente uma proposta para o conjunto decorativo é preciso esclarecer algumas questões. Primeiro, qual a linguagem e estilo da casa ou do espaço a ser decorado?  Segundo, que tipo de peça deve-se adquirir para traduzir bem a personalidade dos proprietários? Como e onde posicioná-las nos ambientes? E se as condições ambientais existentes afetarão ou não, de alguma forma, sua exposição, conservação e manutenção?

(imagens extraídas de Casa de Valentina e Casa Vogue)

“As pessoas estão valorizando mais a arte e muitos clientes têm procurado produções artísticas de profissionais mais novos e ainda pouco conhecidos, mas que são acessíveis financeiramente. E na hora de construir ou reformar já separam inclusive uma verba adicional para obras de arte.” – diretor comercial da galeria Arte Democrática, em reportagem de Correio Braziliense.

Para responder estas e outras dúvidas, o Blog da Arquitetura reuniu dicas especiais de como inserir obras de arte em propostas de decorações contemporâneas. Confira!

 

(imagem extraída de Artezanal)

+ Quais os benefícios de se adquirir uma obra de arte?

Vale lembrar que quando uma obra tem qualidade ela é considerada no mercado como única, exclusiva; e que também combina com qualquer coisa, se encaixa bem em qualquer lugar e jamais sai de moda – sim, jamais. Pelo contrário, ela tende a valorizar cada vez mais com o passar do tempo, ou seja, um investimento material que será passado de geração em geração. Em interiores, as artes podem não apenas definir o conceito de uma proposta de design como também finalizar uma ambientação, conferindo extrema personalidade ao espaço. Seu emprego, seja em imóveis residenciais ou comerciais, tanto simples quanto sofisticados, deve marcar os pontos focais protagonistas dos cômodos – como se fossem “joias”, despertando sentimentos em quem as admirar.

“Obras de arte maiores e de alto valor, mérito artístico e/ou profundo significado pessoal costumam ser expostas como pontos focais em um cômodo e, às vezes, podem determinar outros aspectos de um design.” – Chris Grimley e Mimi Love, trecho do livro ‘Cor, espaço e estilo’.

(imagem extraída de Gazeta do Povo)

+ Como inserir obras de arte em interiores?

“É necessário ter atenção ao conceito e finalidade do projeto, levando em consideração o foco no contexto do ambiente. Tudo é permitido, mas nem tudo lhe convém. É questão de abstração e comunicação.” – arquiteto Roberto Carril, em reportagem de Correio Braziliense.

(imagens extraídas de Houzz e Westwing)

Nas residências, as obras de arte podem ser empregadas em diferentes cômodos e de diferentes formas. Elas podem estar em livings, em dormitórios, em halls de entrada, em cozinhas e até em banheiros – claro, dependendo do tipo de peça. Podem ser posicionadas nas paredes, sobre móveis, ou mesmo direto no chão. Podem ficar isoladas ou agrupadas a uma série de outros exemplares, ganhando em potência visual. E serem um complemento da cartela de cores usada pelo decorador. As em cores mais vibrantes, logo na entrada principal da casa, por exemplo, são como um bom cartão de visitas, dando boas vindas a todos que adentrarem no imóvel.

São consideradas obras de arte para a decoração de interiores: pinturas, fotografias, gravuras, esculturas, impressos sobre superfícies, e outras mais.

(imagens extraídas de gcn.net.com e Gazeta do Povo)

+ Como posicionar as peças artísticas nos ambientes?

Se houvesse uma primeira regra geral ela diria que para manter a harmonia e não saturar os ambientes é importante expor apenas o necessário, sem jamais atrapalhar o fluxo de circulação das pessoas. Peças artísticas menores podem ficar agrupadas de acordo com a temática e serem colocadas sobre móveis pequenos e auxiliares, por exemplo. Já as peças maiores podem ficar sozinhas, para serem admiradas isoladamente – por terem grandes dimensões podem cobrir até paredes inteiras. Concluindo, é necessário encontrar o equilíbrio correto entre as proporções de todos os elementos no conjunto decorativo, incluindo as obras de arte.

Desejando instalar a peça escolhida na parede, o ideal é que ela seja fixada na altura dos olhos do observador. A altura média, geralmente, é de aproximadamente 1,60 m – sendo no mínimo 20 cm para acima da altura do sofá, se esse for o caso.  Agora, se a arte for destinada a uma sala de jantar, indica-se que a mesma seja pendurada no nível da mesa. E nem é preciso seguir o velho esquema tradicional, do quadro pendurado no centro simétrico. Às vezes, combinações diferentes surpreendem mais. Agora, como regra final, peças de vários tamanhos ou formatos tem chance de serem mais bem organizadas quando alinhadas a partir de uma borda imaginária – em direção do centro para o exterior ou do exterior ao centro – e equidistantes.

(imagem extraída de Passionists)

+ Como fazer a iluminação adequada e a manutenção das peças?

Para destacar bem as obras de arte nos interiores deve-se planejar a iluminação. Quanto à luz natural, os raios não podem incidir diretamente sobre as peças, pois, do contrário, elas poderiam ficar danificadas permanentemente. Assim também as lâmpadas selecionadas para compor o sistema de iluminação artificia. Elas não podem emitir raios UV, gerar calor ou mais. Pontos criados no teto transmitirão uma luz mais difusa, abrangendo um  número maior de peças no ambiente. Mas, mesmo assim, ainda haverá a necessidade de focos de iluminação pontuais, destinados a destacar as peças mais especiais.

Outro ponto a ser observado, ainda durante o planejamento de interiores, é que as obras de arte precisam ser mantidas em locais mais arejados. Isso porque a umidade é uma grande ameaça a sua conservação, favorecendo o surgimento de fungos e outras bactérias, que podem as destruir rapidamente. Seria um erro enorme apoiá-las contra pontos de encanamentos de água. Por isso, na dúvida, o melhor é consultar um profissional especializado, como um decorador, um design ou arquiteto de interiores. Ele poderá apontar quais os locais de instalação mais adequados para as obras de arte; os elementos decorativos para acompanhá-las; e todos os materiais de acabamentos e revestimentos necessários para protegê-las e destacá-las.

(imagem extraída de Casa Abril)

FontesRevista GMICorreio BrazilienseCasa AbrilHabitissimo.


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