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Conheça melhor a arquitetura das Olimpíadas Rio 2016

Em 2016, a atenção da população brasileira está dividida entre a crise política, em Brasília, e as preparações para os eventos que ocorrerão nos meses de agosto e setembro, no Rio de Janeiro. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos terão um papel muito importante neste ano, já que o Brasil é o primeiro país na América do Sul a sediá-los. Durante este período, os cariocas serão a representação do povo brasileiro diante do mundo, já que milhões de pessoas, de diversos países, participarão ou acompanharão os jogos.

Vista aérea da cidade do Rio de Janeiro.
Vista aérea da cidade do Rio de Janeiro.

Desde 2009, quando o Comitê Olímpico Internacional anunciou a vitória brasileira nas eleições para sede dos jogos, vencendo as propostas das cidades de Chicago, Madri e Tóquio; o governo do Rio vem planejando e executando diversas obras. Através de investimentos públicos e privados, fizeram-se melhorias desde a saúde até o transporte. A ideia é, neste momento, oferecer aos esportistas, trabalhadores e turistas uma cidade jus aos compromissos firmados durante a candidatura.

No mês de abril, o Comitê esteve no Brasil para acompanhar o andamento das obras, e confirmou a conclusão de 98% das instalações necessárias para a competição, transmissão e hospedagem. Só para as instalações olímpicas, estima-se que foram gastos 7,07 milhões de reais. O Parque Olímpico sediará 16 modalidades olímpicas e 9 paralímpicas.

Painel mostrando candidatura do Rio aos Jogos Olímpicos, em 2009.
Painel mostrando candidatura do Rio aos Jogos Olímpicos, em 2009.

+ A Arquitetura Olímpica 2016

Dentre tantos projetos arquitetônicos desenvolvidos para os Jogos Olímpicos 2016, alguns, pertencentes às instalações esportivas, são destaques, como a ‘Arena do Futuro’, o ‘Complexo Esportivo de Deodoro’ e o ‘Estádio Aquático’. A maior característica, comum a eles, é o planejamento da sua transformação para pós-eventos. Ou seja, a preocupação dos projetistas com as obras, diante da atual situação econômica mundial, de não permitir que se tornem, futuramente, ruínas, como ocorreu em alguns equipamentos em Atenas, depois de 2004, e na China, depois de 2012. É a modernidade aliada à sustentabilidade.

Imagem aérea da construção do Parque Olímpico Rio 2016.
Imagem aérea da construção do Parque Olímpico Rio 2016.

+ A Arena do Futuro

O projeto da ‘Arena do Futuro’, ou ‘Arena Olímpica de Handebol e Golbol’, visa a construção de uma instalação temporária. A quadra octogonal é envolta por uma ampla arquibancada. A estrutura metálica modular, independente, permite a adaptabilidade do espaço e das peças para diversas situações. Seu telhado é composto por vigas metálicas e telhas, de tamanho padrão. No exterior, o fechamento do volume é feito através dos brises em madeira reciclada, que ajudam a filtrar a luz solar garantindo o conforto ambiental na edificação.

Após os jogos, a Arena será desmontada e a sua estrutura será transformada em quatro escolas municipais, passando de uma arquitetura temporária para uma nômade e depois para uma permanente. Rampas, escadas, cobertura e painéis de fechamento, tudo será reutilizado, provando que os investimentos feitos com os Jogos Olímpicos podem ser revertidos à população como um legado.

Imagem da maquete eletrônica do projeto para a Arena Olímpica de Handebol e Golbol Rio 2016.
Imagem da maquete eletrônica do projeto para a Arena Olímpica de Handebol e Golbol Rio 2016.

+ O Complexo Esportivo de Deodoro

A área onde se encontra o novo ‘Complexo Esportivo de Deodoro’ já havia sido utilizada para os Jogos Panamericanos em 2007 e para os Jogos Militares em 2011. Com este novo projeto, para as Olimpíadas de 2016, será o segundo maior parque da cidade, um verdadeiro presente para as famílias de um dos bairros mais carentes do Rio.

Dentro do Complexo haverá o ‘Centro de Hipismo’, o ‘Centro de Tiro’, o ‘Estádio de Deodoro’, o ‘Centro de Hóquei sobre Grama’ e a ‘Arena da Juventude’. Esta última também possui uma arquitetura interessante. Lembra um galpão industrial, com colunas metálicas que envolvem a área fechada do ginásio. Uma obra de visual simples, em que a principal vantagem é ter uma estrutura de rápida montagem e execução.

+ O Estádio Aquático

A ideia para o ‘Estádio Aquático’ é ter mais uma estrutura integrada ao Centro Olímpico de Treinamento, que já é utilizado há anos por profissionais com alto rendimento. Este estádio receberá, nas Olimpíadas e Paralimpíadas, as competições de natação e polo aquático.

A edificação, que terá capacidade para 18 mil lugares, é envolta por uma malha vazada, que permite que a área interna seja bem ventilada, sem necessitar do uso de ar-condicionado. A estrutura geral é composta por peças metálicas modulares desmontáveis e piscinas pré-fabricadas. As vigas são tubulares e não utilizam solda, ou seja, são apenas encaixadas. Deste modo, após os jogos, as peças serão facilmente desmontadas e levadas para outros locais, onde serão construídos dois novos ginásios, para que a população carente possa ter acesso gratuito a pratica destes esportes.

Fontes: G1, Cidade Olímpica, Arch Daily, AU, Pini, Infraestrutura Urbana – Pini