
Conheça duas das confeitarias mais bonitas do mundo (uma delas, no Brasil)
Quem não gostaria de ter a oportunidade de apreciar uma boa comida e bater papo em um local bonito, requintado e cheio de história?
Alguns dos prestigiados sites de turismo, como o U City Guides, classificaram os cafés e confeitarias mais bonitos do mundo. Entre os dez primeiros estão o incrível ‘Majestic’, da cidade do Porto, em Portugal, e a charmosa ‘Colombo’, do Rio de Janeiro, no Brasil. Ambas as edificações foram inspiradas nas manifestações artísticas da França. Além de serem um marco para o turismo gastronômico, possuem espaços que são um verdadeiro retrato do esplendor da “Belle Époque” das duas cidades.

+ Movimento Art Nouveau
O Art Nouveau, ou Arte Nova, foi um movimento internacional que surgiu por volta do final do século XIX e início do XX, com o desenvolvimento da Segunda Revolução Industrial. Síntese entre arte e indústria, tinha como propósito o rompimento estético com as tradições. Tornou-se um estilo, influenciando diferentes campos artísticos, como a arquitetura, e abriu caminho para o modernismo.
Nas construções em Art Nouveau pode-se ver ambientes internos e externos que unem, harmonicamente, forma e função, algo bem diferente do que se fazia em períodos anteriores. As linhas empregadas são curvas delicadas, irregulares e assimétricas. Mesmo as peças estruturais eram ornamentadas. Os elementos decorativos seguem um estilo floreado, apresentam formas orgânicas, lembrando plantas e animais.
Os exemplos a seguir seguem o estilo da Arte Nova. Parecem até cópia um do outro, mas, na verdade, foram projetos influenciados pelos cafés parisienses. Possuem ambientes incrivelmente belos e transmitem uma gostosa sensação de nostalgia para seus visitantes, que são atraídos tanto pela gastronomia quanto pela arquitetura.
+ Café Majestic


O Café Majestic está localizado na Rua de Santa Catarina, na Baixa do Porto – uma região no centro da cidade do Porto, em Portugal. Foi projetado pelo arquiteto João Queirós e inaugurado em 1921, com o nome de ‘Élite’. O termo ‘Majestic’ surgiu um ano depois, devido ao furor que a construção trouxe para a sociedade burguesa, chic, intelectual e interessada em arte da Europa. Sua beleza encantava e ainda encanta. Não é a toa que, mesmo hoje, esse café seja um dos mais importantes e atraentes do mundo.


Sua arquitetura é bastante luxuosa. A fachada é revestida em mármore, com adornos em formas sinuosas, marcação de colunas e frontaria. No interior, mais esplendor e glamour. Um destaque é o Jardim de Inverno, construído em 1925, com contornos delicados e elementos arquitetônicos de pequenas dimensões. No salão, há espelhos dourados, molduras curvilíneas em madeira, colunas, capitéis, lustres em metal, estofados em veludo vermelho e esculturas em estuque – representando figuras humanas e florões. Tudo que existe nesses espaços faz com que o interior do Majestic pareça aconchegante e muito maior do realmente é.
+ Confeitaria Colombo

Localizada na Rua Gonçalves Dias, no Rio de Janeiro, a Confeitaria Colombo é um dos estabelecimentos mais respeitados do Brasil. Foi fundada em 1894 por dois imigrantes e sócios portugueses, o Lebrão e o Joaquim Meirelles. Importante representante da arquitetura “Belle Époque”, tem muitas semelhanças com o Café Majestic. Desde a virada do século XX, sempre foi uma das grandes atrações da cidade, endereço para os chás da tarde da classe alta da sociedade, recebendo a visita de clientes ilustres, como Alberto I da Bélgica, a Isabel II e a rainha Elizabeth do Reino Unido.


Já na segunda década de funcionamento, a Colombo sofreu algumas alterações. Entre 1912 e 1918, os dois salões foram reformados, ganhando detalhes em Art Nouveau, como lustres, vitrais, azulejos, bancadas em mármore, vitrines em jacarandá e espelhos bisotados – que dão uma falsa impressão de amplitude para o pavimento térreo. Na cobertura, a claraboia, em mosaicos coloridos, ilumina o interior de luz natural e ressalta os detalhes da luxuosa decoração.

A Confeitaria Colombo foi um porto de convergência da sociedade abastarda do século XIX. Em 1922, as instalações foram ampliadas para quatro andares de amplos salões decorados. Agora, no século XXI, faz parte do patrimônio artístico e urbano do Rio de Janeiro. Toda essa história é exposta, desde 2002, em um espaço especial no segundo pavimento, que funciona como museu e área de show room, com mostra de louças, fotos e embalagens.
Fontes: Clique Arquitetura, InfoNet, 1001 Top Vídeos, Ucity Guides.
Leia Também: