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Conheça a exposição de Damien Hirst em Veneza que levou mais de 10 anos para ficar pronta

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Damien Hirst é o artista britânico mais famoso da atualidade. Considerado o “artista vivo mais bem cotado do mundo”, ele costuma dividir os críticos de arte e o público. Alguns o consideram um gênio. Para outros, suas obras são feitas para chocar, funcionando mais como marketing do que arte propriamente dita.

Que o artista gosta de polemizar, ninguém pode negar. Com as instalações mais caras do mundo, o britânico está com uma curiosa exposição nos museus Punta della Dogana e Palazzo Grassi, em Veneza. Intitulada Treasures of the Wreck of the Unbelievable (Tesouros do Naufrágio do Inacreditável, em tradução livre), a mostra ocupa mais de 5 mil metros quadrados.

Pela dimensão, é de se imaginar o trabalho que o artista, curadores e organizadores tiveram para montar o espaço. Não é à toa que a exposição levou mais de 10 anos para ficar pronta, abrangendo 190 obras de arte. A narrativa da exibição conta a história do naufrágio de um navio antigo – e fictício. Os objetos expostos retratam a descoberta de uma carga curiosa, como em uma fantasia subaquática.

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Inspirado em conto

Treasures of the Wreck of the Unbelievable é inspirada no conto de um escravo libertado em uma região da Turquia. Colecionador de uma grande fortuna, seu navio teria naufragado no oceano Índico há cerca de dois mil anos. Segundo a história, os tesouros preciosos que estavam na carga do navio foram descobertos em 2008.

As obras, encontradas durante escavações, seriam cópias, falsificações e saques. A curadora Elena Geuna explica que, durante o Renascimento, descrições de esculturas da antiguidade eram fontes de inspiração para desenhos, estudos e obras de outros artistas. Somente assim seria possível conferir expressão visual àquilo que era apenas imaginado.

Na exposição, muitas esculturas de criaturas marinhas gigantes, figuras nuas e bustos femininos aparecem como se não tivessem sido restauradas, incrustadas em corais e outras formas de vida marinha. Além de personagens históricos e mitológicos, Hirst criou peças inspiradas em figuras pop, com Mickey Mouse e Pateta.

A exposição fica em cartaz até o dia 3 de dezembro de 2017. Se você não pretende visitar a cidade até lá, veja um pouco através das imagens a seguir:

Proteus

Skull of a Cyclops

Sphinx

Mickey (Foto: DesignBoom)


Fotos: Prudence Cuming/ © Damien Hirst and Science Ltd. All rights reserved, DACS/SIAE 2017. Fontes: DesignBoom, Mistura Urbana e Damien Hirst.