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Como cultivar um jardim bonito e sem desperdícios de água?

A falta de água é um problema recorrente no mundo inteiro e está aumentando, ainda mais, nos últimos anos. A situação ambiental é mesmo bem preocupante. Não se vive apenas uma crise de distribuição e abastecimento de água, mas a evidente escassez deste bem natural tão finito. E se antes o ser humano não se preocupava em economizá-la, hoje é preciso tomar medidas extremas para o seu racionamento. A ideia é minimizar os prejuízos e manter as condições mínimas para a vida dos seres deste planeta.

Um dos maiores vilões do consumo de água são os jardins domésticos. Isso porque nos períodos mais quentes do ano a maior parte do gasto mensal está relacionado à sua irrigação. Para ajudar o meio ambiente, reduzindo possíveis gastos em excesso, existem formas de tornar a situação mais favorável. Pode-se levar ‘o verde’ para os pátios e interiores de uma maneira prática, bonita e com pouca água.

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Jardim composto de suculentas, um tipo de planta muito em voga em propostas de decoração e paisagismo. (imagem de Pixabay)

+ Plantas para economizar água

Para ter um jardim bonito não é preciso desperdiçar água. Os projetos contemporâneos apresentam ideias sustentáveis. Isso vai muito além de estilos, mas de soluções para o racionamento da água. E uma das alternativas é a escolha de plantas que exigem pouca manutenção e que, mesmo assim, mantenham um maior ciclo de vida, necessitando apenas das chuvas. Exemplo disso são as plantas perenes.

Normalmente, plantas assim possuem um sistema de fotossíntese diferenciado, mais adaptado a solos secos, como os de ambientes rochosos e desérticos. Algumas espécies resistem a secas extremas, como as do mediterrâneo. Outras não toleram excesso de água, como as de solos arenosos. E há aquelas que possuem mecanismos que permitem o seu armazenamento, como é o caso das plantas do gênero epylhillum, escobaria e autóctone. Esta última é mais bem representada pelos cactos e pelas suculentas.

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Cactos (imagem de Pixabay)

As suculentas talvez sejam as plantas mais citadas quando se trata de economia de água. Elas são de fácil cultivo, muito resistentes e necessitam de pouco espaço para se desenvolverem. Por isso, estão em alta em propostas de decoração e paisagismo. Mas, assim como elas, outras plantas também são conhecidas por economizarem água. Dentre as plantas perenes mais utilizadas nos jardins estão o alecrim, o capim-limão, a hortelã, o louro, o tomilho, a cravina, o crisântemo e o narciso.

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Alecrim (imagem de Pixabay)
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Roseira (imagem de Pixabay)

Algumas plantas possuem certas características peculiares, de acordo com sua espécie, que ajudarão a reter a umidade e a evitar seu ressecamento diante do calor e do vento. Roseiras, por exemplo, têm suas folhas protegidas por uma camada de óleo essencial. As lantanas apresentam uma pilosidade, ou seja, um revestimento epidérmico constituído de pelos muitos finos. E as coníferas, as bougainvílleas, as ixoras, as agaves e as onze-horas, guardam seu segredo, justamente, no formato de suas folhas.

Quem tiver interesse em conhecer outras plantas economizadoras de água, indicamos uma lista especial divulgada aqui.

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Bougainvíllea (imagem de Andrew Schmidt em Public Domain Pictures)

+ Xerojardinagem e outras dicas

As plantas perenes, como tantas outras citadas acima, são muito positivas quanto à questão de economia de água. Mas sua utilização nos jardins requer certo cuidado. Isso porque algumas delas gastam menos, mas também liberam menos. Ou seja, nesse caso não haveria a evapotranspiração das plantas em quantidade necessária para se umidificar o ar atmosférico local, que serviria para a formação de nuvens de chuva na região. Então, algo que seria feito para ajudar o meio ambiente nas cidades, na verdade o prejudicaria.

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Lavanda (imagem de Pixabay)

A xerojardinagem trabalha o conceito da escolha de espécies nativas ou que se adaptem bem às condições existentes de chuva e insolação. Esta é uma forma mais econômica de manter um jardim bonito e com menos consumo de água, em relação ao modelo tradicional, que depende de regas suplementares. Haveria a necessidade de se efetuar uma intensa pesquisa da flora local, pois só assim se conheceria as plantar certas para o jardim projetado.

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Ixora ((imagem de Pixabay)
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Onze-horas (imagem de Wikipedia)

Para manter a umidade local, o mais indicado é agrupar as plantas com as mesmas necessidades hídricas. As mais bem cuidadas e adaptadas ao solo resistirão mais. Remover as ervas daninhas também é positivo. E quanto ao manejo da água para as plantas, pode-se utilizar água reciclada das chuvas, por exemplo. Fazer uso do regador dará mais trabalho, mas reduzirá gastos. Quanto mais quente a temperatura menos indicado é a irrigação do jardim. Por isso, é preciso evitar o plantio no verão.

No vídeo, logo abaixo, você pode conferir mais dicas para se reduzir o consumo de água nas plantas:

Fontes: Condominios VerdesÁrvores de São PauloPortal do JardimInteresses Pessoais.