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Brasil entra na missão de zerar gases estufa até 2100

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Durante a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, ao País, foi anunciada a união do Brasil ao pacto de não emitir mais gases do efeito estufa do que é capaz de reabsorver. A decisão foi tomada durante a reunião do G-7, grupo das sete maiores economias do mundo, que ocorreu no final de junho deste ano. O Brasil foi o primeiro país emergente a se engajar na proposta.

“É muito importante que cada país faça o que é possível para limitar o aquecimento global em 2°C. O Brasil deu um enorme passo ao anunciar a descarbonização da sua economia até o fim do século. O compromisso do Brasil deve encorajar outros países a serem mais audazes”, discursou Merkel, que caminha à frente da iniciativa nos países desenvolvidos.

Além da diminuição dos gases estufa, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2030 e reflorestar 120 mil quilômetros quadrados da Floresta Amazônica. Em dezembro de 2015 acontecerá a Conferência das Partes (COP) de Paris, e as metas do Brasil servirão para pressionar os países desenvolvidos para fechar um acordo de redução das emissões e controle do aquecimento global.

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Angela Merkel informou que haverá uma linha de crédito e financiamento de R$ 582 milhões para ações ambientais no Brasil, desse valor, R$ 415 milhões são destinados a projetos de energia e eficiência energética. O Fundo Amazônia, programa para estimular políticas de economia florestal sustentável, combate ao desmatamento e proteção da floresta, receberá o incentivo de 100 milhões de euros.

Organizações de defesa ao meio ambiente afirmam que o principal fator de emissões de gases do efeito estufa no Brasil é exatamente o desflorestamento.

Para o diretor de Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Santhiago de Oliveira, o País tem uma grande missão pela frente. “É um desafio muito maior para o Brasil, que já tem uma matriz energética e elétrica com base fortemente em energias renováveis. Para nós, o esforço é muito maior”, ressalta.

Via Estadão Conteúdo