
Boa notícia: exposição de Jean-Michel Basquiat chega a São Paulo
Nascido no Brooklin, em Nova York, Jean-Michel Basquiat é um dos artistas mais reconhecidos, provocativos e intensos. Seu grafite ganhou o mundo, com imagens fortes, traços firmes, críticas sociais e influências da cultura afro. E uma novidade já deixou os fãs de Basquiat atentos: o Museu de Arte de São Paulo, o MASP, vai receber em 2018 uma mostra com 40 trabalhos dele, entre desenhos e pinturas do artista.

Nascido em 1960, justamente em 2018 serão completados 30 anos desde sua morte, em 1988. O menino, negro, filho de pai haitiano e mãe porto-riquenha, nasceu com um talento especial para os desenhos e caricaturas, e iniciou seus trabalhos com diversos grafites em construções não habitadas em Manhattan, na década de 70. Seu codinome intrigava: SAMO. Quem era o seu autor e o que significava?
O termo em inglês era “same old shit” (a mesma merda de sempre, em tradução livre). O resultado foi a atenção voltada a seus grafites e o que significava esta forma de expressão cultural e artística, a arte na rua.
O estilo e a carreira
Basquiat foge do óbvio. E essa é uma das características que fazem dele um dos mais reconhecidos na área, o que permanece até hoje. No último dia 19 de maio, a obra “Untitled”, de 1982, foi leiloada por de US$ 110,5 milhões, um recorde histórico. A obra vai fazer parte do acervo do colecionador de arte japonês Yusaku Maezawa.

Racismo, imigração, críticas à sociedade e à exclusão social de parte da população são alguns dos temas que são reportados por seus traços, que prendem a atenção e abrem nossos olhos para irmos mais além, questionando e criticando o que está ao redor.
O artista fez parte do movimento da Pop Art e foi amigo de Andy Warhol, com quem fez trabalhos em conjunto, quebrando padrões. A carreira de Basquiat atingiu o ápice – no que diz respeito ao reconhecimento – na década de 80. Foi nesse período que participou do filme “Downtown 81”, considerado um retrato da subcultura da era pós-punk em Nova York.

O artista representa, com seu trabalho, a afirmação da arte de rua, em um período que coincide com o surgimento do punk e hip hop. Basquiat passou a ser considerado representante da escola neoexpressionista – e que passou a ser chamado depois de “primitivismo intelectualizado”. Entre as principais características do movimento, fica bem marcada a emoção, expressas pelos traços, assim como as cores fortes e contrastantes.

Com o auge, de certa forma Basquiat respondeu ao preconceito e exclusões da sociedade, e aos próprios caminhos de celebridade em sua carreira, com excessos em sua vida pessoal, como o consumo de drogas. Este momento, que incluiu a depressão, se agravou com o falecimento de Andy Warhol, em 1987. No ano seguinte, Basquiat também faleceu após uma overdose.
Seu trabalho e críticas, a partir dos grafites e traços, o tornaram um dos artistas negros mais influentes e importantes, com reconhecimento que foi bem mais além das fronteiras dos EUA.

Para ver de perto suas obras, já vá pensando em programar a visita ao Masp no próximo ano, uma oportunidade e tanto para conhecer e relembrar mais sobre o artista!

Referências: Basquiat, G1, InfoEscola, ObviusMag, Hypeness, Veja