Diferentemente de outros esportes, o poker não requer muitos equipamentos para ser praticado. Quantos de nós nunca jogou na mesa da cozinha usando grãos de feijão como fichas? Isto e mais um baralho acabam sendo mais do que suficientes para algumas horas de diversão.

Mas, assim como quase tudo na vida, podemos melhorar a experiência e a diversão adicionando requinte e alguns aspectos visuais. No caso do poker – ou, a bem da verdade, qualquer outro carteado – não será tão difícil assim de fazê-lo. Vários conceitos de salas de estar ou “de visitas” pode ser aproveitado.

Acima de tudo, o carteado é uma diversão que envolve algum (muito, às vezes) tempo no mesmo ambiente e cujo foco indireto é a interação social. Disso decorre que alguns elementos na decoração desse ambiente hão de ser funcionais e não meramente “embelezadores”. Feito isto, vamos a alguns conceitos preliminares importantes nesse quesito. Como dito acima, os conceitos podem ser utilizados para uma sala exclusiva para o poker ou carteados como um todo bem como uma sala de estar convencional.

Amenidades e decoração das paredes

Em se tratando de uma sala cujo objeto principal é o poker (ou o carteado como um todo), é natural que a decoração das paredes siga essa lógica.

O predicado mais importante durante todo esse guia é um dos baluartes da escola Bauhaus. Não estamos necessariamente falando em móveis tecnológicos ou contemporâneos, mas na essência estética alinhada com uma funcionalidade. Falaremos mais sobre isso mais adiante, especialmente na questão da iluminação do ambiente.

Um bom exemplo de “decoração funcional” com um quê de signage – ou seja, a metalinguagem na decoração – acaba por resolver um problema comum entre jogadores mais casuais: quem ganhou aquela mão? Um pôster com a hierarquia de mãos e quais valem mais pode ser um recurso extremamente funcional e bonito ao mesmo tempo. Empregando conceitos de visual stimuli – fazendo com que a decoração trabalhe para tornar a atividade mais imersiva – podemos fazer um ótimo trabalho mesmo com um projeto teoricamente simples.

Quanto às amenidades do ambiente, aqui é algo mais facultativo. Tem gente que gosta de um bar americano no mesmo ambiente. Outros podem (também) preferir uma TV para se distrair enquanto jogam. Os mais puristas podem querer focar na interação social, no jogo em si e eliminar amenidades, então, como sal na comida, fica a gosto.

Mobília e Iluminação

Se estamos falando de algo que será praticado por algumas horas por jogadores em uma mesa de feltro, nada mais natural que tratemos primeiramente da mesa em si e de cadeiras. Estas, em específico, têm de ser confortáveis. O design e a beleza podem ficar para depois: acima de tudo, o conforto é a lei na escolha da mobília. Ainda quanto às cadeiras ou poltronas, seria bastante interessante que elas tivessem descanso de braço – como dito, os jogadores podem ficar algumas horas jogando e isso tem de ser colocado em mente.

Mas não só: a estética também pode ser muito bem colocada em prática aqui. Quando a gente pensa em poker, por vezes alguns filmes de faroeste vem à cabeça – Maverick com Mel Gibson, é um bom exemplo. Então na maior parte dos exemplos de salas privadas de carteado a tendência é que o ambiente como um todo tenha tons escuros e as cadeiras, onde o centro da ação acontece, tenham um contraste em relação ao todo. A imagem acima mostra isso com clareza.

Ainda, vale um ponto importante: iluminação.

Luz muito forte pode fazer com que a vista de quem está jogando acabe por ficar cansada. Luz muito fraca, idem – o jogador terá de forçar a vista para poder ver as cartas na mão e aquelas que estiverem na mesa. Não esqueça desse ponto. Meio termo, tal qual tantas coisas na vida, é o ideal.

Pode parecer difícil quando pensamos sobre o assunto, mas decorar um ambiente dedicado ao carteado pode nos dar boas ideias para outros ambientes e, ao mesmo tempo, é simples quando pensarmos em funcionalidade e elegância como baluartes do projeto.