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Artista chama atenção por criar esculturas e retratos de tule

Benjamin Shine cria esculturas a partir de materiais inusitados e tem Elizabeth Taylor e Lady Di entre os clientes famosos.

A arte desafia a percepção humana. Cada novo conceito criado pelos artistas abre um novo mundo de possibilidades. E quando se trata de diferentes tipos existentes de sistemas para a construção das peças, a reutilização de materiais comuns é uma grande possibilidade. Certas ideias e técnicas, que alguns profissionais executam, são tão originais que acabam despertando a atenção de diferentes perfis de clientes, como amantes da moda, do design e de outras refinadas obras visuais.

O britânico Benjamin Shine possui habilidades artísticas tão incríveis que, mais recentemente, seu trabalho alcançou milhões de acessos na internet. Suas obras abrangem vários campos disciplinares, como o vestuário, o planejamento de interiores e mais. Este é o resultado da combinação de conhecimentos adquiridos tanto pela família, que trabalha na indústria têxtil por gerações, quanto pelas formações em moda, pela The Surrey Institute of Art; e em design, pela Central Saint Martins. Atualmente ele é reconhecido, até mesmo, pela família real.

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Aqui, podemos ver a Duquesa da Cornualha admirando a peça ‘Elephant Parade’, criada por Shine para uma exposição beneficente.

As obras de Benjamin são altamente expressivas, fantásticas, poéticas e criativas.  Algumas parecem ser simplesmente só belas pinturas. Mas, olhando de perto se tem a surpresa, uma diferente realidade desvendada. É através da manipulação de materiais que o artista cria imagens inidentificáveis, que são, aos poucos, graciosamente transformadas em formas físicas. E entre sombras, profundidades e texturas que estão guardados os seus segredos.

O que mais chama atenção nos trabalhos de Shine é a utilização, com muito talento, de materiais inusitados. Sem limites para a inspiração, ele já esculpiu retratos de grandes ícones, como da Elizabeth Taylor e da princesa Diana. Os rostos só são revelados pelo contraste com a luz e pelo pano de fundo. Num de seus projetos mais emblemáticos, ‘The Dance’, foram criadas as silhuetas de dançarinos suspensos sobre uma barra horizontal e, detalhe principal, com mais de dois mil metros de tule.

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Retratos feitos em tule.

Os sofisticados drapeados, as pregas, os cachos e a costura à mão fazem parte do processo utilizado por Benjamin Shine. Nas obras em tule colorido a complexidade é muito grande. A técnica de dobrar, plissar e passar com ferro as faixas de tecido permite a tridimensionalidade da sua arte. Na maioria dos casos, as camadas volumosas são empilhadas em uma tela e ficam, por fim, atrás de um vidro.

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Aqui, Benjamin Shine usa o tecido e um ferro de passar para fazer algo totalmente diferente.

As propriedades do tule, leveza e translucidez, se combinam e geram vários gradientes de tons básicos e texturas. O tule, nesta série de obras, capta a energia do movimento, expresso pelo conjunto. A ideia de Benjamin Shine era, justamente, de expressar a transitoriedade e a efemeridade através das qualidades inerentes dos materiais.

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Outras invenções na moda e no design. Destaque para o “sofá-cabine”, o Box Lounger, parte integrante de uma exposição realizada em 2013.

Quem desejar conhecer mais de perto o seu trabalho pode visitar as exposições no Opera Gallery, de Londres; no Opera Gallery, de Mônaco; no Clube de Saúde ‘Graça’, em Belgravia; e no Museu de Artes e Design, em New York. Além das esculturas de paredes e instalações suspensas, podem-se ver em seu site outras peças, inclusive algumas premiadas.

Fontes: Benjamin ShineDaily MailDesign BoomHypeness.